O Papa Francisco vem exortando o mundo a aprender com a pandemia, de modo que possamos sair dela mais humanos e melhores. Permanecer indiferente com os que sofrem, com aqueles mais vulneráveis às dificuldades é uma maneira egoísta e não cristã de se viver.
Vale também para nós: a nossa compaixão é a melhor vacina contra a epidemia da indiferença. “Não me diz respeito”, “não me importa”, “não me interessa”: estes são os sintomas da indiferença. Quem tem compaixão passa do “não me importo com você” ao “você é importante para mim”. A compaixão não é um sentimento bonito, não é pietismo, é criar um novo vínculo com o outro. É assumir, como fez o bom Samaritano que, movido pela compaixão, cuida daquela vítima que nem mesmo conhece.
Papa Francisco lembrou que “o mundo precisa dessa caridade criativa e ativa, de pessoas que não estão diante de uma tela para comentar, mas que sujam as mãos para remover a degradação e restabelecer a dignidade. Ter compaixão é uma escolha: é escolher não ter nenhum
inimigo para ver o meu próximo em cada um. Isso não significa amolecer e parar de lutar. Pelo contrário, quem tem compaixão entra numa dura luta cotidiana contra o descarte e o desperdício, o descarte dos outros e o desperdício das coisas”.
IR. LEANDRO PEREIRA
Seminarista Missionário Servo dos Pobres
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